segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

TUDO É PARA O LEITOR

Você trabalha o dia inteirinho na biblioteca. Agora, a gente pergunta - com que objetivo e para quem você está fazendo tanto? A expectativa é que esteja fazendo tudo para seu leitor. E ele está satisfeito, ele acha que está recebendo atenção? Para responder esta pergunta tão simples, seja numa biblioteca ou em qualquer outro lugar que preste serviço, faça o que diz Rapha Avellar: se coloque no lugar de um de seus consumidores e melhore todos os pontos que você julgaria se estivesse no lugar dele. Ah, mas Rapha Avellar só fala de consumidor e isto aqui não é nem loja, nem nenhum negócio. Não, não é, mas o Rapha tem muitas dicas legais que este marketeiros podem nos passar. Se estiver lendo um texto qualquer de marketing, para aproximá-lo de sua realidade dentro de uma unidade de informação, é só trocar "consumidor", "cliente", ou outro termo comercial qualquer por *leitor*. Ah, leitor? É restrito e é um termo que quase ninguém usa mais, há décadas. Pode-se trocar, mas as modas mudam tanto de um lugar para outro, que fica difícil escolher um termo que agrade a todo mundo. Em nossas andanças pelas mídias sociais do Brasil todo, achamos usuário, cliente, utilizador, frequentador, consulente. Você escolhe... O nome pode mudar, só não pode mudar o foco: o leitor. O que você fizer no dia-a-dia tem que ser pensado para seu público, para sua audiência.

sábado, 5 de setembro de 2020

COMO APROVEITAR GANCHOS

Muitos dos colegas bibliotecários sentem dificuldade em encontrar assuntos para colocar em suas postagens. Ou, de vez em quando dá um branco e, como está na moda dizer, não sabem o que fazer para criar conteúdo. Volta e meia sugiro: aproveitem as efemérides como ganchos. Gancho é uma ligação de um assunto com outro. Efeméride é uma palavra antiguinha, mas ainda bastante usada, porque nenhuma outra condensa tão bem o sentido de contecimento importante, em certa data e sua comemoração. A efeméride pode ser o aniversário de um grande artista vivo; ou a comemoração de 250 anos da morte de alguém como Beethoven ou os 100 anos de criação de uma instituição como a UFRJ. Pode ser a data em que algum cientista de uma área publicou o primeiro livro, ou quando ganhou um prêmio Nobel na sua área. Mas não precisa ser nada tão acadêmico - médicos, bombeiros, bibliotecários ou seja, profissionais de qualquer área, adoram ver seus dias comemorados. Postagens nessas datas rendem muitas curtidas e compartilhamentos, principalmente se a postagem for colorida e tiver bom design e um título for simpático e feito para aproximar a biblioteca daquele grupo. Sempre que achamos um aproveitamento inteligente das efemérides, mostramos nas redes sociais do Projeto Somente Biblio - no Facebook e no Instagram. Hoje, mesmo, fizemos isto: A semana da Independência e, especialmente, o 7 de setembro, são boas oportunidades para aproveitar o interesse do público por um assunto que será bastante discutido. Para botar isto em prática com proveito, é interessante criar um elo entre a efeméride e o acervo da biblioteca, como fez a Biblioteca Nacional, em duas postagens do dia 5 de setembro de 2020. Fala-se de José Bonifácio e... do Convento de Santo Antonio, no Largo da Carioca, Rio de Janeiro. Lembrando que acervo não são apenas livros - incluem fotos, selos, artigos e muitos outros materiais. Procure: https://www.facebook.com/bibliotecanacional.br Para as redes sociais das bibliotecas, outra forma de explorar as datas é chamar a atenção para links externos --- de tal forma que o resultado da pesquisa seja mostrado como um serviço. Pode-se partir de simples compartilhamentos, mas o bibliotecário não precisa se restringir, pode ir além e fazer listas que podem se estender a muitos materiais - coleçãoes de filmes, fotos, cartazes; sites de museus, arquivos,centros culturais, artistas. Num Sete de setembro, por exemplo, é possível abordar história, economia, arte - música, pintura... este é um assunto rico. E, para ser mais práticos ainda, se você quiser aproveitar a ideia, para facilitar sua vida, incluo aqui um calendário com várias "efemérides". Dica: Aproveite as que tiverem a ver com sua biblioteca e vá logo distribuindo ao longo dos meses, até o fim do ano, em seu planejamento. ALTERNATIVAS. Vemos duas possibilidades de aproveitamento: (a) uma ação qualquer nesta data - palestra, leituras, exposição de livros, lembretes nos murais; (b) postagem nas redes sociais, com cobertura do que "vai ser feito + está sendo feito + foi feito"; (c) postagem mais simples, só lembrando a data - mas com design bem alegre e chamativo. (d) listagem com efemérides do mês, para colar nas postagens, e fisicamente dentro da biblioteca - nos murais, cavaletes, quadros negros etc. Finalmente, para deixar sua vida ainda mais fácil, acesse úm bom calendário: https://www.calendarr.com/brasil/ Gostou? Divulgue entre os amigos. #7desetembro #Facebook #efemérides #ganchos #calendários

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

PROJETO RETOMADO

Quando paramos um projeto, é difícil retomá-lo. Mas um dia a vontade de escrever é maior que a preguiça e nos sentamos. As ideias vêm e quando vemos o texto está tomando forma. Parei por dez anos. Volto no dia 28 de agosto de 2020. Que não pare por mais de dez dias, desta vez.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Remando contra a maré

http://Twitter.com/GildaQueiroz

Sempre tive implicância com as multas em bibliotecas. Todos argumentam que elas são universais, ou pelo menos que existem em todo o mundo ocidental. É, pode ser, mas trazem às bibliotecas estigma de intransigência. E o que multas por atraso de entrega de material têm a ver com marketing? Tem tudo a ver, porque a criação de alternativas para atender aos desejos do cliente é parte integrante do marketing. Tem a ver, também, porque as multas são o principal fator de desagrado gerado por bibliotecas em seu público, o que afeta negativamente nossa imagem como coletivo. E imagem também é objeto do estudo de marketing.

Tive uma experiência de poucos anos em trabalho em bibliotecas. Onde atuei não havia multas e nunca tive problemas de devolução de livros. Então me vêm em seguida com o argumento de que meu público era especial, porque a biblioteca era fechada aos empregados da indústria, que eles passavam por revista na portaria e tinham que dar conta do que estivessem devendo, antes de seu desligamento da empresa. Estes fatores podem ter sido fatores inibidores de desvio de material, mas a verdade é que nunca ninguém foi surpreendido com livros levados indevidamente. Prefiro creditar o alto índice de adesão à flexibilidade do sistema de empréstimos existente. Olhando retrospectivamente, vejo alguns aspectos que embora não tenham sido implantados intencionalmente, levaram aos bons resultados:
- o usuário dizia quanto tempo queria ficar com o livro – duas semanas, dois meses, o que fosse;
- havia “empréstimo permanente” para alguns itens de interesse de um só setor;
- o conteúdo da cobrança era amigável.
- as cobranças só eram efetuadas depois de passado muito tempo do prazo de entrega;

Em consequencia deste último ítem, especialmente, o baixo esforço despendido em renovações e cobranças era um subproduto valioso desta forma de trabalhar. Ficava mais fácil lidar apenas com desvios, com pontos fora da curva.
Como em qualquer outra atividade humana, acaba-se observando um comportamento padrão para o conjunto dos usuários. Os atrasos se concentram, naturalmente, em volta de determinados períodos, seja qual for o número de dias que se estabeleça como prazo de devolução. E, porque o sistema oferecido era tão tolerante, nunca vi uma cara feia, nunca ouvi comentários desagradáveis de quem recebia cobranças.

Voltando então à questão de criação de ofertas de acordo com os desejos do cliente. Por que ter as mesmas regras draconianas para todos os usuários e para todos os livros, vídeos, DVDs da biblioteca? Por que não criar alternativas para o cliente segundo seu comportamento e, por outro lado, alternativas para o material segundo seu nível de demanda?

Queiram ou não queiram, as bibliotecas estão submetidas às tendências gerais de mercado, que oferecem cada vez mais soluções individualizadas. Empresas de telefonia móvel, de seguros, bancos, enfim todos que atuam no setor de serviços há muito tempo oferecem opções variadas a cada segmento - por exemplo, clientes que concentram todos os seus investimentos no banco, aposentados, mulheres que dirigem com prudência. Nas bibliotecas também podíamos pensar em algo assim, não acham?

Claro, quase todas as bibliotecas já emprestam,no fim de semana, o material de referência ou os livros para consulta local– mas aí, em geral, termina a flexibilidade. Por que não estabelecer a priori uma regra que possibilite prazos maiores de empréstimo para material com demanda menor? Se um livro não foi emprestado por meses, pode sair também por meses. Se antes do prazo de vencimento houver procura, faz-se a reserva e pede-se a devolução. Olhem de que desgaste não se poupa a equipe, que do contrário tem de fazer renovação atrás de renovação!

Já estou escutando os protestos – “Ah, mas nós temos uns livros que têm grande demanda e temos só uns poucos exemplares e os usuários não podem ficar com eles assim... E eles usam de todos os recursos para se atrasarem blá blá blá”. Vamos imaginar o seguinte cenário - Na regra geral o prazo de empréstimo é de 1 mês. Os livros de menor demanda podem ser levados por prazos de até 3 meses, MAS os livros de tarja vermelha só podem ficar com o usuário por 5 dias, ou algo assim. Se a regra de 80/20 funcionar neste cenário, 80% da demanda vai recair sobre 20% da coleção. Mesmo assim, aí é que entra o aspecto psicológico do sistema flexível pois o usuário que levar um livro tarja vermelha para casa vai se considerar menos pressionado, porque a regra geral diz que o prazo para os demais livros é de um mês.

Agora vamos analisar o comportamento dos usuários? Todos atrasam. Mas por quanto tempo atrasam? Principalmente, qual o impacto sobre os demais usuários, se um deles se atrasar na entrega? Pois, acho que usuários também podem ser enquadrados em níveis, de acordo com sua pontualidade. Para os mais disciplinados, pontos a acumular que eles poderiam usar para “pagar” eventuais atrasos, como depois de um feriado ou uns dias de férias. Para os relapsos, perda de pontos. Por fim, só deveríamos castigar aquele que, depois de advertido, ainda reincidisse no erro. Assim, pois, multas só para os faltosos contumazes. O objetivo final deve ser punir os relapsos, permitindo que os demais usuários até esqueçam que estas punições existem. Comparando, ainda, com outro setor de serviço de interesse social, lembro que a luz só é cortada após 15 dias do aviso de falta de pagamento, depois de um mês do vencimento da conta.

Bom, o óbvio tem que ser repetido. Acho que cartas de cobrança só deveriam sair depois do tempo padrão de atraso, como disse anteriormente. Quantos dias, 15, 20? Não sei, este tempo seria fácil de aferir depois de uns seis meses de implantado o sistema flexível.

Quando, depois de usada a tolerância nas outras regras, chegar-se finalmente à necessidade de punição, ainda assim, podemos usar flexibilidade para diminuir o impacto negativo. Várias bibliotecas têm usado alternativas para as dívidas, como suspensão de empréstimos.
Temos sempre que ter em mente o motivo pelo qual a biblioteca existe. Aqui peço emprestado um trecho de Ronaldo Torres 1: “Se a unidade de informação fosse utilizada como recurso para transpor os limites de sua comunidade usuária, não hesitaria em dizer que a biblioteca desenvolveria um papel importante na construção dos saberes e do desenvolvimento socio-interacionista. E por outro lado não arrastaria como obrigação sem propósito alguns limites disciplinadores como as multas e as suspensões mas que ao mesmo tempo são tão importantes para a existência da biblioteca como: a devolução dos materiais, a conservação dos mesmos e do espaço e o respeito aos outros usuários e aos funcionários.”


Vamos ter em vista que o mais importante é que a coleção seja usada, que os livros e outros materiais saiam das prateleiras e gavetas e ganhem leitores. Perdas são inevitáveis, mantidas margens toleráveis. Essencial mesmo é ver custo-benefício em tempo, esforço e dinheiro empregados para evitar que algum item se extravie.

Tudo bobagem, tolice, como dirão alguns. Afinal minha experiência direta com bibliotecas foi tão pequena... Foi, minha experiência direta foi pequena. Mas nada me impediu de observar meu entorno e ver que os relapsos são os primeiros a denegrirem a imagem da biblioteca, como instituição autoritária.

Mas, mesmo quem concordar que implantar um sistema flexível é boa idéia, não me venha dizer que isto tudo é impossível. As bibliotecas com grande movimento têm serviços automatizados de empréstimos. Em informática tudo se pode, é questão de vontade. E acúmulo de pontos é assunto dominado pelos analistas – só não implementariam esta função no sistema por preguiça ou por incapacidade técnica. E nas bibliotecas pequenas, este controle, mesmo manual, seria muito mais fácil do que enviar cartinhas de cobrança.

Bem, ainda temos outra opção para nos livrarmos da ira dos usuários com as multas, que é esperar o ocaso total de livros em papel e outros suportes físicos. Daqui a cinco, dez, quantos anos mais? O tempo dirá.



BIBLIOGRAFIA

1. Ronaldo Torres
http://bibliosimples.blogspot.com/2010/11/limite-na-biblioteca-pratica.html


MAIS NA INTERNET
Ao fazer uma pesquisa rápida no Google percebi que o assunto “multas em bibliotecas” anda sendo discutido em todo o país e mundo afora. Há páginas e páginas, e aí vão algumas referências, pinçadas aleatoriamente. Todos os sites foram acessados entre 2 e 4 de novembro de 2010.


1. Adelaida. Publicado el 23 Agosto, 2010
Sobre las multas y otros incentivos
http://librolibertate.wordpress.com/2010/08/23/sobre-las-multas-y-otros-incentivos/
Não deixe de ler este “post” O cartoon é imperdível

2. 17 de novembro de 2010, postado por Vivian Gombi - 4º ano de Filosofia UEM
http://movimenteseuem.blogspot.com/2010/11/polemica-do-valor-da-multa-da.html
Os alunos não têm opinião unânime

3. Rejane Gontow, que também cita Briquet de Lemos
http://listas.ibict.br/pipermail/bib_virtual/2004-December/000772.html

4. Cobrança de multa nas bibliotecas da UFPR causa polêmica
http://www.jornalcomunicacao.ufpr.br/node/6122

5. UNESP
http://www.comunesp.com/economia/o-que-se-faz-com-a-multa-de-biblioteca/

6. SP, Belas Artes - Quitando dívidas com bonbons, balas
http://www.belasartes.br/bablog/acontece-ba/quite-sua-multa-na-biblioteca

7. Semana da multa solidária/ Sistema de bibliotecas da Universidade Guarulhos
http://www.ung.br/popup/semana_multa_solidaria/regulamento.pdf

domingo, 30 de maio de 2010

Mural ainda tem lugar na biblioteca

Mesmo que a biblioteca use todos os recursos de Internet, redes sociais e e-mail marketing, não pode prescindir dos velhos recursos de comunicação, dando uma “repaginada” neles.
Mural, por exemplo, é bom, bonito e barato. Ele pode parecer anacrônico, mas não é.
O mural é um instrumento eficiente de comunicação, desde que obedecidas algumas regras básicas:

1. Mural que não se atualiza, se desmoraliza.

As matérias têm que ter um prazo para ficarem expostas. Matérias que passam tempo excessivo nos quadros geram desinteresse. Matérias referentes a eventos vencidos, especialmente, tiram o crédito do mural.

Deve haver sempre matérias novas em exibição. Primeiro, para criar o hábito de leitura do quadro e, a seguir, para manter este interesse.


2. A afixação de matérias deve obedecer a uma diagramação.

A diagramação depende muito do gosto individual, mas‚ preciso lembrar que alguns fatores têm importância fundamental na aparência final do quadro.


a) Cada matéria com seu espaço. Não pregar uma matéria por cima da outra, para aproveitar os percevejos.

b) A matéria deve ser afixada pelos quatro cantos;

c) A moldura básica é dada pelo fundo de feltro do mural. É aconselhável usar passepartout colorido para cada matéria, para alegrar o quadro e marcar mudanças de matéria. Não afixar as matérias junto à moldura de madeira. Deixar sempre uma margem, que vai depender da disponibilidade de espaço no quadro.

d) Especialmente: Não deixar jamais as matérias ultrapassarem a moldura de madeira.


Sou fã ardorosa de mural porque sei que funciona. Mural é realmente bom, bonito e barato. Você vai experimentar, não vai?

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Vim aqui apenas pra dizer do que aprendi

Quero aprender a usar um blog. E pensei que para ter bastante assunto poderia fazer relatos sobre minha experiência pessoal com a aplicação de marketing em serviços de informação. Não para dizer o que eu fiz individualmente, mas para dizer o que presenciei, o que vivi com nossa equipe no CIN (Centro de Informações Nucleares da CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear), e o que vi ser feito em outros lugares e que deu certo. Espero abordar os aspectos mais aplicáveis à realidade das bibliotecas, como pesquisas de opinião, criação de novos produtos, comunicação e promoção.


Meu interesse por marketing surgiu na década de 80, quando fiz cursos na Fundação Getúlio Vargas (RJ). Posteriormente fiz cursos específicos de marketing para Biblioteconomia com Amélia Silveira, da UFSC. A partir desta época, a equipe do CIN da CNEN, da qual eu fazia parte, desenvolveu uma cultura avançada de marketing aplicado aos serviços de informação, que quero explorar em detalhe em textos curtos e independentes. Outras pessoas da equipe também fizeram cursos de marketing. Aplicávamos a teoria, fazíamos crítica da prática e íamos avançando como grupo. Em fase posterior, participei ativamente das discussões com Sueli Angélica do Amaral e com Luis Fernando Sayão, quando estavam elaborando suas teses de doutorado, baseadas no funcionamento do marketing no CIN. Fui passando nossos conhecimentos para muitas turmas de bibliotecários, no país todo, em cursos curtos. De cada turma, recebia mais feedback e ia consolidando algumas práicas e abandonando outras. No exterior, apresentei módulos de marketing em cursos de treinamento do INIS – International Nuclear Information System no Chile, Colômbia, Paraguai e Índia. Terminei minha carreira profissional atuando no setor de marketing do INIS da AIEA – Agência Internacional de Energia Atômica, órgão das Nações Unidas, com sede em Viena. E, por último, depois de aposentada, tenho dado um apoio à APCIS/RJ em seu programa de divulgação, usando quase sempre recursos da Internet.


Gosto de ler sobre a teoria da área. Também gosto de analisar as aplicações feitas por outros. Li e fichei dezenas de artigos ao longo de quase vinte anos, mas escrever, nada. Apesar da insistência de alguns colegas, nunca cheguei a elaborar nenhum texto para publicação. Até tentava, mas não encontrava o tom certo e desistia. Meu uso recorrente a exemplos práticos do momento e frases de efeito como “Quem põe ovo tem que cacarejar”, “no mundo nada se cria, tudo se copia”, “ pesquisa de opinião é barriga no balcão” que ficavam na cabeça dos que ouviam, levava a mensagem correta que eu queria que gravassem, mas destoava dos esquemas sérios das revistas técnicas. Agora pode ser que saia, afinal marketing é minha paixão e tenho tempo de sobra para registrar as experiências. Com o blog acho que vou me sentir mais livre, vou tentar com ele!